quinta-feira, 11 de outubro de 2007

~>O brasileiro prefere a alimentação fora do domicílio

A Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), mostra que em 30 anos ocorreram importantes mudanças nos hábitos de consumo dos brasileiros. A POF analisa a composição dos gastos e do consumo das famílias segundo as classes de rendimento, entre julho de 2002 e julho de 2003, e permite verificar, na comparação com as pesquisas anteriores, algumas mudanças expressivas nas despesas e nos hábitos dos brasileiros.

Entre elas cita a forma de alocação dos recursos pelas famílias como uma grande mudança. “Há 30 anos, a parcela dos gastos permanentes, com alimentação, habitação, saúde, impostos, obrigações trabalhistas, correspondiam a 79,86% e, em 2003, a 93,26%.”.

A pesquisa mostra que, em 30 anos, o brasileiro diversificou sua alimentação, reduzindo o consumo de gêneros tradicionais como arroz, feijão, batata, pão e açúcar e aumentando, por exemplo, o consumo per capita de iogurte, que passou de 0,4kg para 2,9kg, ou de refrigerante sabor guaraná, que saiu de pouco mais de 1kg (1,7kg) por pessoa/ano para quase 8kg (7,7kg).

O estudo revela também que na área urbana gasta-se o dobro do que na rural com alimentação fora de casa. O Sudeste é a região brasileira onde mais se gasta com alimentação fora do domicílio (26,91%, ou R$ 89,34). A POF levantou ainda que o Norte e o Nordeste apresentam os menores percentuais de despesa com almoço e jantar fora de casa (5,82% e 6,48% do total do item Alimentação, respectivamente) e os maiores percentuais de gasto com bebidas alcoólicas fora do domicílio (4,35% e 4,15%, respectivamente). Na comparação entre as classes extremas de rendimento mensal familiar, a pesquisa mostra que a classe mais alta de rendimento (mais de R$ 4 mil) gasta o triplo do percentual da mais baixa (até R$ 400) para comer fora. (AD)

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